A abertura do evento contou com uma feira que reuniu artesãos locais com produtos feitos inspirados nas espécies-chave da conservação em Icapuí. Labirintos, rendas, bordados, crochê e pinturas, o melhor da arte cearense representando a nossa riqueza de biodiversidade. Houve ainda a participação das escolas locais com a exibição das produções em sala de aula, decorando todo o interior da “Casa de Cultura Cores da Vida”, espaço sede do evento, e também com apresentações artísticas sobre ecologia e conservação das aves migratórias. Além destas apresentações, o evento contou com apresentação da Orquestra de Sopros de Icapuí, que emocionou a todos e nos preparou para a cerimônia de premiação dos atores locais da comunidade.
Essa abertura teve como pontos fortes a valorização dos saberes locais e atuação popular na conservação. Ela foi um exemplo de como a educação para a conservação é capaz de fornecer um caminho comum entre o cuidado com a fauna de vida livre e geração de emprego e renda.
No segundo dia de festival, a Casa de Cultura Cores da Vida amanheceu cheio de gente interessada na pesquisa e conservação das aves migratórias. Durante a manhã, houveram mesas redondas com apresentação de pesquisadores, entusiastas e representantes de órgãos públicos. Além de várias palestras sobre engajamento popular e científico na causa ambiental, tivemos ainda as apresentações da Brigada da Natureza, da ONG Aquasis.
Já durante a tarde, o evento engajou os participantes em passarinhadas, visitas guiadas por ornitólogos através de trilhas, para que os participantes conhecessem de perto as aves migratórias pela costa de Icapuí, em seu habitat natural. Nossa equipe acompanhou de perto as aves batuíras e maçaricos, sob a condução das pesquisadoras do @Passeriminas. Além das aves, os participantes observaram outras espécies que dependem do complexo habitat litorâneo e se deslumbraram com a incrível beleza cênica das praias de Icapuí, uma área crítica para conservação da biodiversidade.
Para os técnicos, o momento foi singular. Desde de a experiência de visualizar as aves em seu espaço natural e seu efeito encantador provocado nos participantes à apresentação de dados científicos que evidenciaram a necessidade de preservação dos ambientes litorâneos. Um dos pontos mais importantes do evento foram aqueles marcados pela conscientização para proteção de áreas naturais e de toda a sua biodiversidade de forma prática, a partir de apresentações com muita arte, música e vivência.
O estreitamento de laços com pesquisadores que atuam na conservação in situ, ou seja, no ambiente natural dos animais, é fundamental para aperfeiçoamento das técnicas de cuidados com os animais promovidas pela equipe do Arvorar para os animais sob seus cuidados. Além disso, contribui para a troca de saberes e fortalecimento das ações com as comunidades locais.
@Passeriminas